Otimizamos o tempo, ampliando a nossa existência, ou estamos sendo reduzidos a ele, limitando a nossa essência? O agora é onipresença, é omnichannel. O “novo agora” nos permite estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Mas estar presente é mais do que isso. Marcar presença, então, é bem diferente. Estar presente exige entrega: entrega de tempo, entrega de conexão, entrega de presença. Ser presente é ter a capacidade de escuta, de percepção, de viver o aqui e agora. Marcar presença é estar no coração das pessoas, se fazer lembrado por conexões que extrapolam a racionalidade e provocam emoção. O engajamento tão buscado pelas marcas, passa pela construção desse caminho mais afetivo. Não estamos mais disputando espaço na mente do consumidor, esse terreno já está por demais adensado. A enxurrada diária de informações que consumimos diariamente disputa espaço na mente, mas poucas conseguem acessar a emoção. O desafio do “novo agora” das marcas é estabelecer relações mais humanizadas e conectadas com os desejos da sociedade. No “novo agora” não basta vender um produto ou oferecer um serviço, é preciso mostrar o que tem além disso, quem são as pessoas, os propósitos e as ações. As pessoas não compram apenas marcas, elas estão mais seletivas e cobram por uma atuação das marcas na sociedade mais condizente com a realidade, representada na máxima: “as marcas que são boas para mim, precisam ser boas para todos”. Os gatilhos emocionais se tornam ainda mais importantes neste momento sensibilizado pela pandemia. Muitos conceitos e valores estão sendo ressignificados, inclusive a nova forma do agora, considerando o conceito de multiplataforma. Um desafio e tanto para os profissionais da indústria criativa que tem que lidar com esse complexo cenário de comunicação, ampliado à necessidade de valorização da diversidade como requisito para o incremento do consumo mais inclusivo e, ao mesmo tempo, mais segmentado. A diversidade amplia o potencial de público ao representar mais pessoas, criando novas frentes de negócio.
As novas formas do agora são plurais. Seja nos canais, reapresentados em multiplataforma; na atuação participativa que extrapola o segmento, (personificação/humanização da empresa) ou no conteúdo mais afetivo, político apartidário e inclusivo.